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*Por Matheus Laiola
Olá, leitores da coluna Delega Animal. Com a chegada das férias e feriados prolongados, muita gente começa a planejar viagens. E, claro, surge aquela dúvida sobre: posso levar meu pet comigo? VocÊ pode sim! Mas levar seu amigo de quatro patas exige mais do que só vontade, exige planejamento, responsabilidade e cuidado. Uma viagem mal preparada pode causar estresse, riscos à saúde e até acidentes.
Por isso, antes de arrumar as malas, preste atenção nessas orientações para garantir que o trajeto seja seguro e tranquilo, tanto para você quanto para o seu pet.
Antes de qualquer viagem, leve seu animal ao veterinário. É importante confirmar se todas as vacinas estão em dia, se o vermífugo foi administrado recentemente e se o pet está saudável para enfrentar o deslocamento.
Peça também um atestado de saúde, ele pode ser exigido em viagens de ônibus, avião ou até em algumas hospedagens pet friendly. Outra dica essencial: identifique seu pet com uma plaquinha na coleira com nome e telefone de contato. Em caso de perda, essa informação pode ser a chave para trazê-lo de volta com segurança.
No carro, seu pet nunca deve viajar solto. Use uma caixa de transporte apropriada ou um cinto de segurança específico para animais. Isso evita acidentes, garante a proteção dele e de todos no veículo, além de evitar multas. Durante o trajeto, pare a cada duas horas para que ele possa fazer as necessidades, beber água e esticar o corpo. Evite alimentá-lo logo antes de sair para não causar enjoo.
Em viagens de ônibus, as empresas geralmente exigem caixa de transporte adequada, atestado de saúde e, em alguns casos, cobram taxa extra. As regras variam conforme a viação, então sempre confirme com antecedência.
Se a viagem for de avião, o planejamento deve ser ainda mais cuidadoso. As companhias têm limites de peso, dimensões e exigem documentação específica. Dependendo do porte do animal e da empresa, ele pode viajar na cabine ou no compartimento de carga (estamos trabalhando muito no Congresso Nacional para que o nosso pet viaje somente na cabine). Pesquise com bastante antecedência e nunca improvise.
Nós estamos conseguindo aprovar no Congresso Nacional a Lei Joca- o nome foi dado em homenagem a um cachorro que morreu em abril do ano passado, durante um voo.
A “Lei Joca” quer tornar obrigatório o transporte de animais em voos dentro do Brasil e queremos que todos vão nas cabines (nada de ir no compartimento de carga). Fique de olho, pois esse debate continua!
Um animal não é uma bagagem. Ele sente medo, calor, fome e desconforto, e cabe a você garantir que a experiência seja segura. Com planejamento e cuidado, viajar com seu pet pode ser um momento inesquecível para ambos.
Assim como você, seu pet também precisa de uma mala com itens essenciais para a viagem: ração e petiscos de costume (mudanças na alimentação podem causar problemas intestinais), potes de água e comida, remédios, caso ele faça uso contínuo, brinquedos favoritos, cama ou manta (isso ajuda a reduzir o estresse), sacos higiênicos e produtos de limpeza, para manter tudo em ordem.
Mas lembre-se: se não puder garantir o bem-estar dele durante toda a viagem, o mais responsável é deixá-lo aos cuidados de alguém de confiança ou de um hotel especializado.
Até a próxima semana!
*Matheus Laiola, Deputado Federal e Delegado de Polícia Civil do Paraná
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