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*Por Matheus Laiola
A crescente presença de cães e gatos em nossos lares reflete uma mudança social profunda: eles não são mais apenas animais de estimação, mas membros da família. Essa nova realidade exige que as cidades e a sociedade se adaptem para incluir esses companheiros em nosso cotidiano.
Uma das maiores barreiras para a inclusão plena dos pets na vida urbana é a locomoção, e é por isso que entender as regras e as melhores práticas para o uso de transporte público é um passo fundamental para garantir o bem-estar animal. A possibilidade de levar o seu pet em um ônibus ou metrô não é apenas uma conveniência, é um avanço crucial na causa animal, pois previne que a falta de mobilidade seja uma desculpa para o abandono.
As regras para o transporte de pets variam entre municípios e estados, mas a legislação em Curitiba já se destaca. Um projeto de lei pioneiro permite que animais em caixas de transporte possam viajar junto de seus tutores, garantindo a segurança de todos. A principal diretriz é o uso obrigatório de uma caixa ou bolsa de transporte adequada. O pet deve estar seguro durante todo o trajeto e geralmente não pode ultrapassar 10 quilos. Isso garante não apenas a segurança do animal, que fica protegido do estresse do ambiente e de possíveis acidentes, mas também a segurança de outros passageiros.
Durante o trajeto, garanta que seu pet esteja confortável. Leve uma garrafa de água e um pote portátil para hidratação, especialmente em dias de calor. Um paninho com o cheiro do lar pode acalmar o animal e proporcionar uma sensação de segurança. Lembre-se, o cão ou gato deve permanecer dentro da caixa durante toda a viagem. Por mais que ele seja calmo e bem-comportado, isso é uma questão de regra e de segurança. No entanto, é importante ressaltar que os cães-guia e de assistência possuem uma legislação específica que garante seu acesso a qualquer tipo de transporte e em qualquer condição.
A possibilidade de usar o transporte público é mais um passo em direção a um futuro com menos abandono, pois a mobilidade é um fator crucial para que tutores possam manter seus compromissos e atividades sem precisarem deixar seus animais para trás. Negar essa possibilidade é, em certa medida, incentivar o abandono ou a reclusão dos animais. Quando facilitamos a vida do tutor, fortalecemos os laços de afeto e a posse responsável.
Como parlamentar e defensor da causa animal, acredito que a legislação deve caminhar junto com a evolução social. Por isso, continuarei trabalhando para que as leis de proteção e mobilidade para os animais sejam cada vez mais claras e abrangentes, garantindo que os pets possam usufruir de seus direitos e de sua dignidade.
Para sugestões de temas, entre em contato via WhatsApp: (41) 9529-1305. Sua contribuição é muito bem-vinda.
Até a próxima semana.
*Matheus Laiola, Deputado Federal e Delegado de Polícia Civil do Paraná
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