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*Por Matheus Laiola
O final do ano se aproxima, e com ele, a temporada de férias e viagens. Infelizmente, a alegria do descanso contrasta com um cenário preocupante: para as autoridades e defensores da causa animal, este é o período de maior pico no abandono de animais. Muitos tutores, por falta de planejamento ou, pior, por irresponsabilidade, usam a viagem como desculpa para cometer o crime de maus-tratos.
A posse responsável é um compromisso integral e inegociável. Isso significa garantir a segurança e o conforto do seu pet durante o transporte, exigindo planejamento e, acima de tudo, o cumprimento da lei para evitar acidentes e penalidades.
É crucial que todo motorista entenda: transportar animais soltos no carro é expressamente proibido e representa um risco grave à vida do pet e à segurança de todos os ocupantes. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é claro ao classificar essa conduta como infração, com base nos artigos 169 e 252.
O transporte seguro exige o uso de dispositivos de contenção adequados. Utilize caixas de transporte fixadas pelo cinto de segurança ou cintos de segurança próprios para pets. Essa medida simples garante que o animal fique contido, não distraia o motorista e esteja protegido em caso de colisão.
A sua obrigação como tutor vai além de evitar multas; trata-se de garantir o bem-estar do seu companheiro. A viagem deve ser confortável e planejada:
Saúde em dia: faça um check-up veterinário antes de viajar e obtenha um atestado de saúde. Mantenha a carteira de vacinação atualizada, pois essa documentação pode ser exigida em modais de transporte ou barreiras sanitárias.
Pausas programadas: em trajetos longos, a cada 2 ou 3 horas, faça paradas estratégicas. Permita que o pet beba água, caminhe brevemente (sempre na guia) e faça suas necessidades.
Aclimatação: se for usar a caixa de transporte, acostume o pet a ela dias antes. A caixa deve ser vista como um local seguro. Certifique-se de que o tamanho seja adequado, permitindo que o animal fique de pé e se vire.
Identificação permanente: use coleira com plaquinha de identificação (nome e telefone) como primeira medida de segurança. A microchipagem é a forma mais segura e inegável de garantir a identidade do seu pet e facilitar a recuperação em caso de perda.
E sempre lembre-se: o abandono é um crime de maus-tratos. Planejar a viagem do seu pet é um ato de amor, de respeito e de cumprimento da sua responsabilidade legal. Leve seu pet, mas leve-o com segurança e dignidade.
Para sugestões de temas, entre em contato via WhatsApp: (41) 9529-1305. Sua contribuição é muito bem-vinda.
Até a próxima semana.
*Matheus Laiola, Deputado Federal e Delegado de Polícia Civil do Paraná
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